Como se planejar para começar sua vida profissional como um especialista em estética? Essa dúvida não faz parte dos pensamentos de Giovana Jacomini. A enfermeira esteta iniciará atendimentos explorando o mercado local da sua cidade natal decorrente da pouca concorrência no setor. 

Giovana é de Cafelândia, formada em enfermagem, curso realizado em Lins, desde muito jovem já tinha a intenção de trabalhar com o ramo da estética. Muito vaidosa, ela sempre teve afinidade com o cuidado não somente de si, mas também de outras pessoas, o que acabou encaminhando ela para a graduação de enfermagem.

Preparada para essa nova fase da sua vida, Giovana já realizou mais quatro pós-graduações e um mestrado, concentrando-se em seu futuro e em proporcionar o melhor atendimento aos seus pacientes muito em breve com a inauguração da sua clínica própria. 

Insatisfação financeira motivou enfermeira a procurar a estética

Giovana Jacomini é pós-graduanda em enfermagem estética com grandes planos para sua carreira ao fim da especialização. Para um futuro próximo, ela já planeja iniciar os atendimentos em sua própria clínica na cidade de Cafelândia, onde mora desde que nasceu. Giovana possui ainda outras quatro pós-graduações e um mestrado em AVC (Acidente Vascular Cerebral), comprovando que sua preocupação com seu crescimento e sua melhora como profissional resultará em uma grande carreira. 

Essa transição da enfermagem para a enfermagem estética se deu por conta da desvalorização da carreira, incluindo a remuneração baixa da classe dos enfermeiros. Apesar de apaixonada pelo que faz, Giovanna sente que pode mais como profissional, e ao empreender com a enfermagem estética, é uma chance de conquistar o retorno financeiro que tanto almeja quando entrou para a saúde. Giovana vê na estética não apenas uma fonte de renda, mas também uma realização pessoal e profissional.

“Como vocês sabem a enfermagem não é valorizada profissionalmente, por isso eu realizei outras pós-graduações, mas realmente conseguir ter um bom retorno financeiro na enfermagem é bem difícil ”

Atualmente, Giovana trabalha há três anos em Lins, onde se mudou em busca de oportunidades mais próximas de sua cidade natal. Ela se sente feliz e realizada por todo o esforço dedicado à sua formação e reconhece que enfrentar desafios é parte do processo.

”Tudo que é novo gera um medo, um frio na barriga. Abrir uma clínica em uma área com tantos profissionais capacitados é um grande desafio. Mas eu estou confiante. Sei do meu potencial e no que eu posso oferecer”. 

Enfermeira esteta iniciará atendimentos explorando mercado local

A mudança para a estética representa um novo capítulo na vida de Giovana, que encontra nessa área uma verdadeira paixão. Apesar do medo do desconhecido e da concorrência com profissionais reconhecidos, ela está determinada a abrir sua clínica e iniciar seus atendimentos, aproveitando um mercado pouco explorado em sua cidade.

“Terminando a pós eu já vou começar a atender. Vou abrir minha clínica e iniciar meus atendimentos na minha cidade mesmo. É uma cidade pequena e não tem muitos profissionais, é um benefício, um bom mercado. Vou começar pequeno, abrir uma salinha, mas daqui para a frente é só crescimento”. 

Diante de adversidades e insatisfações é que percebemos a necessidade de mudança. Giovana tem coragem para ir adiante e enfrentar os obstáculos nessa nova empreitada. A responsabilidade com seus futuros pacientes e com a própria carreira é um processo que ela cuida com muita destreza e seriedade.

Giovana compreende que para alcançar os objetivos é necessário arriscar. Dividindo suas habilidades com outros colegas de aula, ela conquista novas aptidões e colabora para o crescimento de terceiros e com o dela. A incerteza que o futuro reserva vai ficando em terceiro plano e as conquistas passam a ser realidade.

Gabriela Nascimento é uma experiente enfermeira que atua com saúde desde sua graduação, finalizada em 2008. Sua entrada na área da saúde não foi ao acaso. Desde muito criança ela conta que sempre se preocupou em cuidar das pessoas, e foi influenciada pela sua prima, uma amiga próxima, ao fazer sua inicialização no curso de enfermagem. Porém, ainda naquele início de curso, a enfermeira esteta engravidou na graduação e graças ao apoio familiar conseguiu alcançar o objetivo de finalizar sua faculdade. 

Sua ida a faculdade de enfermagem teve influência da sua prima, uma amiga próxima, que também cursou a mesma graduação. Por serem muito ligadas, Gabriela acompanhou de perto a formação de sua prima e pode vivenciar a experiência de estudante de enfermagem ainda muito cedo.

Para superar os desafios que a vida lhe trouxe, o apoio de seus familiares e amigos foi necessário. A gravidez, ainda no primeiro ano da faculdade de enfermagem, quase a fez desistir, mas quando se tem uma rede de apoio tão sólida quanto Gabriela teve, os obstáculos já começam a ser possíveis de superar.

Agora na enfermagem estética, Gabriela tem novos sonhos, novas oportunidades e com o desejo de transformar a sua carreira e poder proporcionar aos seus filhos uma vida com mais qualidade e momentos de alegria.

Gravidez inesperada – Enfermeira esteta engravidou na graduação

Nossa história de sucesso traz a jornada da enfermeira Gabriela Nascimento. Gabriela sempre teve sua atenção voltada para ajudar e cuidar das pessoas. Esse interesse se aflorou quando ela começou a acompanhar os estudos de sua prima, que havia iniciado sua faculdade de enfermagem. Ao se deparar com as atribuições, com as aulas, despertou uma chama dentro de si para que ela também pudesse seguir pelo mesmo caminho.

Com o desejo manifestado, ao completar idade para iniciar sua graduação, Gabriela não pensou duas vezes e decidiu por cursar enfermagem. Neste instante, novos desafios a aguardavam adiante. 

Essa jornada universitária não foi fácil para Gabriela. Ainda no primeiro ano da graduação ela acabou engravidando. Para uma estudante, é claro que estar à espera de um filho ainda no início do curso pode ser um momento de muita preocupação, afinal, como lidar com estudos e vivenciar a gestação que em muitos casos necessita de atenção especial? 

Foi neste momento que Gabriela teve os reforços fundamentais para superar qualquer problema e seguir a formação acadêmica. Além do sonho de se tornar enfermeira, ao seu lado, contribuindo para que ela prosseguisse, sua família esteve presente. Sua mãe foi um dos alicerces para que ela tivesse forças e persistisse nessa caminhada ao lado de sua tia, outra parceria importante. 

Além da gestação, Gabriela precisou superar a dificuldade financeira. Por não residir na mesma cidade da faculdade, ela tinha gastos com transporte, alimentação e por isso precisou trabalhar para custear esses gastos. Para contribuir com a renda, ela realizou estágio na Prefeitura de sua cidade e dividia a atenção entre trabalho e estudos. 

“Todo dia pegava ônibus para a faculdade que ficava em Franca (SP). Eram viagens à noite o que já cansava a gente. Ainda engravidei no primeiro ano de faculdade. Então foi mais um desafio e minha família, minha mãe principalmente dizia que eu não deveria largar a faculdade e que devia persistir. Isso foi um estímulo para mim para prosseguir e conseguir concluir o curso”. 

Desafios que estimularam a prosseguir

Segundo Gabriela a gravidez não foi planejada. Ela reconhece que sempre há a possibilidade de acontecer, mas não era o momento mais apropriado para isso, porém, ela era confiante na vontade de Deus e usou esta situação para dar um impulso para que ela pudesse terminar a graduação.

Não foi fácil para Gabriela. Trabalhar durante o dia, estudar à noite, e após o nascimento do seu filho, os cuidados com um recém nascido, foram batalhas que ela enfrentou e saiu ainda mais fortalecida, com foco total em proporcionar uma vida melhor para seu filho. 

“Não foi uma gravidez planejada, por mais que a gente saiba que pode ocorrer, não era o  momento certo. Mas devemos acreditar na vontade de Deus e foi uma benção, mais um impulso para eu me formar, para conseguir dar um futuro para ele. Não foi fácil trabalhar, estudar à noite e cuidar do meu filho, mas consegui superar tudo isso”. 

Após enfrentar esses desafios, Gabriela se formou e dedicou-se à enfermagem por um tempo, até direcionar sua carreira para a coordenação da atenção primária e, mais tarde, assumir o cargo de Secretária de Saúde do município. Apesar de estar na parte administrativa há mais de uma década, seu interesse pela parte mais ativa da enfermagem, como o atendimento ao público, a levou a explorar a estética, buscando uma nova direção profissional.

“Atuei na enfermagem em pronto socorro. Depois a “água vai levando a gente, não é?”. Nisso fui para coordenação de atenção primária, onde fiquei por 12 anos e agora sou secretária do meu município há mais ou menos 15 anos, mas eu gosto da parte prática e fui conhecendo a estética, me apaixonando e escolhi ser isso o que quero para minha vida”. 

“Trabalhar com doença no serviço público é ainda mais frustante”

Decidida a retornar aos atendimentos diretamente com o paciente, ela foi explorar as oportunidades que a enfermagem ofereceria a ela. Nesse instante Gabriela conheceu a enfermagem estética, no intuito de trazer bem-estar aos pacientes e conquistar sua própria liberdade e autonomia. Atuando com atenção primária por quase 12 anos e por mais 15 anos no serviço administrativo, ela percebeu que era a hora de traçar novas metas para sua carreira. Lidar com o serviço público não é fácil e ela estava exausta de ter que lidar diariamente com atendimento voltado para doenças e quer proporcionar saúde e melhora na autoestima para seus pacientes. Ela acredita que é dentro da enfermagem estética que ela sentirá a sensação de reconhecimento deste desejo como diversos outros profissionais que migraram para a estética vem revelando. 

A enfermagem estética vem para complementar a renda e desafogar o seu psicológico com procedimentos mais alegres e satisfatórios. Quem já necessitou de atendimento no serviço público sabe das dificuldades que é para conseguir agendar consultas, realizar exames, e estas complicações desestimulam os profissionais de saúde, inclusive Gabriela. 

“Trabalhar com doença é muito frustrante e ainda no serviço público é pior ainda, pois ficamos limitados. Você até quer fazer algo mais, mas o sistema de saúde não permite. É cansativo, e desgastante, não é reconhecido, e pelo bem da minha saúde, eu decidi mudar”. 

A enfermagem estética é a virada de chave em sua vida

Ela está ansiosa para começar sua própria clínica, onde poderá oferecer um ambiente tranquilo e horários flexíveis, permitindo-lhe passar mais tempo com seus filhos.

Gabriela está ciente dos desafios que enfrentará ao iniciar sua própria clínica, mas encara esse novo capítulo com entusiasmo e determinação. Ela acredita que participar de vivências práticas é fundamental para aprimorar suas habilidades e está ansiosa para mergulhar nessa experiência. Depois de completar seu curso, ela está pronta para iniciar uma nova fase em sua vida, buscando realizar seu sonho de proporcionar saúde e bem-estar de uma maneira mais humanizada. 

“Quero começar uma nova fase da minha vida, uma virada de chave”. 

Letícia Cordeiro de Oliveira é enfermeira residente na cidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo. Ela iniciou sua carreira como auxiliar de enfermagem onde atuou por muitos anos em diversos setores dentro de hospitais. Sua caminhada teve apoio incondicional da sua família que também faz parte da área da saúde. Com o objetivo de ter mais controle sobre seus horários e rendimentos, a enfermeira traça primeiros passos na estética com sua clínica recém aberta e com o espírito empreendedor auxilia outros amigos a compreender melhor como é tornar-se responsáveis pelo próprio destino.

Apaixonada por tudo que engloba a enfermagem, ela foi se especializando e inclusive graduou-se em na área para crescer na carreira. Sua maior influência para a enfermagem foi sua mãe, que a apoiou desde sempre com sua paixão. Tal fato estimulou Letícia para que ela pudesse se tornar cada dia mais competente para cuidar dos seus pacientes.

A segurança conquistada com o apoio familiar e durante sua graduação fez de Letícia uma profissional que zela pelo cuidado com o próximo como faz por si mesmo. Segura do destino que esta traçando, ela quer mais e agora realiza a especialização em enfermagem estética para abandonar a rotina exaustiva nos hospitais e trazer novas sensações para si e seus pacientes com sua clínica.

Otimista, Letícia esta satisfeita com suas decisões e orienta os novos colegas de profissão sobre os primeiros passos dentro da estética.

Como esta enfermeira traça primeiros passos na estética

A enfermeira Letícia Cordeiro de Oliveira é uma das mais sensíveis que já tivemos o prazer de conhecer. A forma como ela fala da profissão e do cuidado com o paciente é evidente. De Mogi das Cruzes, sua entrada na área da saúde teve início como auxiliar de enfermagem. Ela conta que sua família esta inserida na área, divididos entre a enfermagem e a biomedicina.

Sua mãe se destaca como a principal referência. As conversas sobre o universo da enfermagem fez com que Letícia despertasse o interesse pela profissão e ingressasse na área como auxiliar, mas a paixão foi aumentando até que ela cursou a graduação e se formou em enfermagem, o que fez com que ela também acendesse no seu trabalho.

Letícia conta que quando começou a trabalhar, ela foi designada para atuar no Pronto Socorro Adulto. Logo depois já foi encaminhada para o atendimento pediátrico, também no pronto-socorro, e hoje ela esta no centro cirúrgico no setor administrativo, porém, com a mesma intensidade e responsabilidade.

Como sua atuação abrange diversos setores, a complexidade do trabalho nesse ambiente, lidando com diversas especialidades médicas e liderando equipes, afinal, atualmente ela é líder direto no setor, ela se viu diante de desafios significativos, mas também teve a oportunidade de aprimorar suas habilidades na área administrativa.

No entanto, foi na área da estética que Letícia encontrou um novo horizonte. Influenciada pelo boom da enfermagem estética e pelo desejo de ter mais controle sobre sua vida profissional e tempo com a família, ela decidiu explorar essa vertente da enfermagem. Seu interesse particular pela micropigmentação labial a levou a buscar qualificação nesse campo específico.
Apesar da forte ligação de Letícia com a enfermagem hospitalar, ela comenta que sentiu a necessidade de mudar. Encontrar um novo horizonte para sua vida profissional que pudesse fazer com que ela conquistasse outros objetivos.

Autonomia e liberdade. A estética e a independência profissional

Lidar diariamente com os desgastes físicos e emocionais que a rotina hospitalar promove é estressante. Com essa situação, através de uma indicação de sua irmã, Letícia teve seu primeiro contato com a estética. Influenciada pelo “boom” da enfermagem estética e pelo desejo de ter mais controle sobre sua vida profissional e tempo com a família, ela decidiu explorar essa vertente da enfermagem.

“Com o crescimento da estética na enfermagem eu me interessei. Pesquisando sobre na internet pude ter contato com muita informação e o destaque fica claro pela autonomia que terei no meu tempo e nos ganhos que a estética promove Estar mais tempo em casa, ao lado da minha família é muito importante para mim. Trabalho numa escala de 6×1 e isso me afeta. Decidi pela estética para ter mais tempo livre”.

O apoio de sua família, especialmente de sua irmã, uma biomédica esteta, foi fundamental em sua jornada empreendedora. A abertura de sua própria clínica foi um marco significativo, alcançado com determinação e organização.

“Tive muito apoio da minha família, foi importante. Foi bem gratificante. Foi tudo trabalhado, pensado, mas muito rápido também. Em dois meses já consegui comprar equipamentos, realizar a abertura do espaço. Sempre com organização e foco”.

Letícia compartilha sua experiência com aqueles que desejam seguir o mesmo caminho, enfatizando a importância de iniciar mesmo diante das incertezas e desafios. Sua mensagem é clara: com foco, responsabilidade e conhecimento, é possível construir um futuro de sucesso.

“Se eu pudesse dar uma dica é: Comece. Nem tudo vai esperar para poder acontecer. Não seremos 100% em tudo, mas é por isso que temos que buscar conhecimento, preparar o terreno para as vitórias que virão. Ouço sempre uma frase que me impacta: Trabalhe 16 horas para construir o seu sonho e não os sonhos de outras pessoas”.

E assim, Letícia Cordeiro de Oliveira continua sua jornada, combinando sua paixão pela enfermagem com seu crescente domínio na área estética, construindo seu próprio caminho com determinação e dedicação.

Dedicada à enfermagem já há 15 anos, a Suzana Correa, de Jacareí, no interior de São Paulo, só teve recentemente o conhecimento de que o enfermeiro na estética encontra plena autonomia.

Este conhecimento veio a partir de grandes referências profissionais que ela encontrou pelo caminho. Sobretudo, em como tais referências mostraram a ela que o enfermeiro não precisa se limitar às atividades assistenciais na saúde, mas pode, por meio da estética, encontrar muito mais autonomia, tornar-se protagonista nas atividades e resultados de sua carreira, algo que ela está buscando efetivamente ao realizar a Pós-Graduação de Enfermagem Estética.

A busca por uma carreira mais leve depois dos 40 anos

Com 44 anos, a maior parte de sua trajetória profissional até aqui foi enquanto técnica de enfermagem. Mas ela decidiu aprimorar ainda mais suas possibilidades de atuação, e para isso voltou a estudar. Há 3 anos, Suzana é graduada em enfermagem e pós-graduada em UTI com foco em cardiologia. Com tais qualificações, ela trabalha hoje em uma UPA de Jacareí.

Somando mais de uma década em trabalho clínico hospitalar, Suzana se vê cansada dos vários anos de plantões exaustivos. Na estética, ela encontrou então uma janela de novas oportunidades, assim como ela comenta:

“Resolvi migrar para a área da estética para trazer uma coisa mais leve, porque a nossa área é uma área muito pesada, e eu estou bem cansada.”

A flexibilidade de que o enfermeiro na estética é capaz

Em busca de uma dinâmica mais autônoma de trabalho, ela tem como objetivo abrir sua própria clínica, assim como fizeram suas maiores referências na enfermagem estética.

Também lembra a enfermeira que sua classe de formação e atuação segue lutando pelo direito de um piso salarial digno, o que só demonstra a falta de reconhecimento por todo o trabalho grandioso que enfermeiras e enfermeiras realizam em todo o Brasil, é impulsiona ainda mais a vontade de Suzana de trabalhar para si.

Durante a vivência clínica em que a entrevistamos, ela teve a oportunidade de conhecer a Dra Ana Carolina Puga, que também trouxe uma palavra de incentivo a todos aqueles que estão buscando condições de trabalho mais dignas e flexíveis por meio do empreendedorismo.

Depois de tantos anos de dedicação profissional, e todo seu empenho nos estudos, ela se vê sonhando com uma realidade em que pode, por exemplo, se organizar para viajar mais, algo impensável na vida de enfermeira plantonista.

Uma nova perspectiva sobre o significado da estética na vida das pessoas

Ao enxergar a estética como possibilidade, ela passou inclusive a ver os pacientes com quem tem contato na UPA de uma forma diferente, percebendo o quando a autoestima pode influenciar em diferentes condições e quadros desses pacientes.

Assim como muitos profissionais atuantes na enfermagem, Suzana não quer mais lidar com a dor, mas com a beleza das pessoas – uma beleza que não é somente exterior, envolvendo também o olhar do paciente para si mesmo, sua autovalorização. A enfermeira percebe hoje que a influência da estética não está restrita a um resultado externo, ou mesmo uma futilidade.

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Conforme relata, outras patologias podem ter relação com a estética:

“Muitas vezes, o paciente acaba chegando pra mim com uma depressão, uma autoestima baixa, porque a gente sabe que essas doenças acabam se relacionando, uma acaba puxando a outra. Sendo enfermeira esteta, eu vou fazer a diferença na vida dessas pessoas.”

O mercado da estética em alta

Outro aspecto favorável para alcançar seus objetivos é a realidade atual do mercado, em que mais e mais pessoas buscam envelhecer com saúde, e com uma aparência que as faça se sentirem confortáveis na própria pele, de vivacidade renovada.

Suzana vê no mercado da estética cada vez mais soluções e tecnologias para atender a diferentes públicos, inclusive de classes sociais diversas. A enfermeira esteta em formação se vê muito empolgada para trabalhar com diferentes públicos, ajudando-os a encontrar o brilho da beleza, e tendo uma carreira muito mais satisfatória no processo.

A história de hoje é da enfermeira Carolina Hipólito. De Niterói (Rio de Janeiro) ela possui uma carreira profissional que desenvolveu ao longo das últimas duas décadas envolvida com a oncologia. Foram 20 anos cuidando de pacientes com doenças graves. Essa rotina, estando tão perto da morte, causou alguns traumas. Com o psicológico abalado faz enfermeira esteta abandona plantões em hospitais e muda o foco para a alegria dos seus pacientes.

Os rumos da carreira não foram como ela desejava. No início ela buscava atuar com emergência, trabalhando em atendimentos com ambulância, mas acabou em oncologia e neonatal, muito diferente da ideia original.

Há pouco mais de um ano ela decidiu e encontrar novo sentido para sua vida profissional e conheceu a enfermagem estética. Indicada por alguns amigos enfermeiros, ela vê um futuro diferente, com novos horizontes e muito mais feliz nessa nova caminhada. Carolina quer mudar e atuar com a promoção da saúde a partir de agora. 

Enfermeira esteta abandona plantões para dar novo caminho para sua carreira profissional

No início da nossa jornada profissional é sempre muito difícil escolher o que pretendemos ser para o resto da nossa vida. É claro que nada é definitivo e mudanças podem acontecer ao longo do caminho. A entrevistada de hoje se deparou com todas essas dificuldades. 

Caroline Hipólito escolheu seguir a enfermagem há mais de 20 anos. Quando entrou para a área da saúde ela tinha certeza de que queria atuar com emergência e em ambulâncias. Ao se formar, Carolina acabou trabalhando com oncologia e no setor neonatal. 

Apesar de não ser o desejo inicial, também era gratificante para Carolina estar atuando com enfermagem. Após anos diante de pacientes com doenças graves, a rotina estressante e contato direto com a morte, foram causando alguns problemas para Carolina no seu emocional. Não é fácil lidar com tanta pressão durante duas décadas e conseguir se manter firme sem nenhum trauma ao ver pessoas queridas, pacientes que por muitas vezes se tornam amigos, tendo que se despedir. 

“Assim, é cansativo. Quem trabalha com plantão hospitalar sempre trabalha muito Trabalho a semana inteira basicamente, plantões de 24 horas, trabalho com quimioterapia, então a gente vê muita gente morrendo. Além dos desgastes físicos tem o emocional. Já com estética é algo mais leve, trabalhamos promovendo a alegria e a saúde”. 

No entanto, chegou o momento em que Carolina irá se despedir dos plantões exaustivos de até 24 horas e mudar seu foco, onde ela optou por não lidar diretamente com a doença, mas sim com a promoção da saúde. Carolina agora será uma enfermeira esteta.

Desgaste emocional e jornada intensa prejudicam atendimento

A experiência de Carolina na oncologia foi intensa. Com a rotina exaustiva trabalhando em CTI (Centro de Terapia Intensivo) pediátrico e neonatal, a enfermeira encarou desafios físicos e emocionais significativos, precisando enfrentar diariamente doenças gravíssimas, lidando com pacientes em situações críticas, incluindo aqueles em estágios terminais. 

O que mais pesava nas jornadas diárias de plantões de até 24 horas era ter que conviver com pacientes que realizavam quimioterapia. Momentos que exigiam muito dela, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Foi nesse contexto que ela percebeu a necessidade de uma mudança. 

“Quero trabalhar com uma coisa leve, que me dê alegria em fazer e o principal, que seja minha, onde eu não precise trabalhar para mais ninguém. Quero empreender”. 

Assim como diversas outras colegas de profissão, transicionar para a enfermagem estética foi uma decisão tomada recentemente, inclusive motivada por diferentes fatores. Carolina pensou muito. Foi um período de um ano para tomar essa decisão. Ao buscar uma pós-graduação na área de enfermagem estética, Carolina foi influenciada por alguns amigos que já haviam feito a mesma especialização. Com a ajuda das redes sociais, a enfermeira foi se apaixonando pela estética e explorando esse novo campo,  rapidamente se viu encantada com todas as suas possibilidades.

Valorização pessoal e profissional foram fatores determinantes para mudança

Para Carolina, a estética representa mais do que uma simples mudança de carreira; é uma oportunidade de se sentir melhor consigo mesma, de trabalhar com algo que ama e de ter controle sobre seu próprio destino profissional. A parte financeira também desempenhou um papel importante em sua decisão, levando em conta a desvalorização da enfermagem no contexto financeiro atual e a perspectiva de uma valorização profissional e retorno financeiro mais significativos na estética.

“Enfermagem não é uma profissão valorizada financeiramente. Você vê a briga pelo salário base. A estética é uma área que vai valorizar a profissão e teremos retorno financeiro. Além de gostar de fazer, é importante ter retorno, e a estética é uma área que tem um retorno muito bom. As pessoas te procuram para fazer o procedimento, confiam em você. Gratificação em dobro, financeiramente e profissionalmente”.

Com planos definidos para o futuro, Carolina pretende dedicar-se exclusivamente à estética, afastando-se dos plantões hospitalares. Embora ainda não tenha iniciado oficialmente sua prática na área, já está se preparando para isso, realizando pequenos procedimentos como parte de seu aprendizado. Entre suas preferências, destaca-se a área facial, onde ela percebe a maior diferença e impacto nas pessoas.

Carolina Hipólito representa a determinação de uma profissional que busca não apenas uma carreira, mas sim uma realização pessoal e profissional, encontrando na estética mais que uma nova direção, mas também uma nova forma de valorização e satisfação.